Em apenas três meses, a gestão do prefeito Michel Alexandre conseguiu colocar Serra Branca nas manchetes de forma negativa. O município se tornou foco das principais mídias da Paraíba após o escandaloso caso envolvendo a compra de combustíveis.
A Prefeitura de Serra Branca anunciou um Pregão Eletrônico agendado para o dia 7 de abril de 2025, com o objetivo de adquirir gasolina e biodiesel no valor exorbitante de quase R$ 9 milhões. Esse montante chamou a atenção tanto da imprensa quanto de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público de Contas (MPC) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).
A repercussão negativa do caso foi intensa, sendo tema de discussões na Câmara Municipal. No entanto, apenas dois vereadores da oposição, Mércia da Saúde e Leka Brito, se manifestaram criticamente em relação ao gasto milionário em combustíveis.
Ao todo, a licitação prevê a aquisição de impressionantes 1.374.000 litros de combustível, um número alarmante para uma cidade com pouco mais de 13 mil habitantes. Especialistas observaram que municípios maiores, como Monteiro e Patos, apresentam gastos menores do que os propostos pelo governo de Alexandre.
Após o escândalo ser amplamente divulgado pela imprensa paraibana, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba determinou a suspensão do Pregão Eletrônico nº 01/2025 da Prefeitura de Serra Branca. A licitação, que estava marcada para ocorrer no dia 8 de abril, foi interrompida por decisão do conselheiro Antonio Gomes Vieira Filho, presidente da 1ª Câmara do TCE, após acolhimento de uma representação apresentada pelo Ministério Público de Contas.
A suspensão ocorreu devido a questionamentos sobre a aquisição dos combustíveis. A prefeitura estima um gasto total de R$ 8.754.120,00 na compra, um aumento superior a 200% em comparação aos R$ 2.858.746,92 gastos com os mesmos insumos no ano anterior.
Diante dessa situação, o prefeito Alexandre Pereira (União Brasil) deverá apresentar justificativas que comprovem a necessidade desse novo montante destinado à compra de combustível para a frota municipal. Enquanto as explicações não forem analisadas pelo TCE, a licitação permanecerá suspensa.
Fonte: OPINIÃO PB