Grades de proteção, bebedouros e até garrafas dagua -
no túnel de acesso entre o campo de jogo e os vestiários do Mineirão - viraram
arma para membros do Atlético-MG, Boca Juniors e seguranças do estádio, após a
partida que classificou o Galo às quartas de final da Libertadores. Houve
confronto generalizado, iniciado pelos argentinos, na entrada dos vestiários.
Ela só foi encerrada com a atuação da Polícia Militar, que precisou usar spray
de pimenta para dispersar a confusão e separar as duas delegações.
Após a confusão, a Polícia Militar conversou
com um dirigente do Boca Juniors, o técnico Miguel Ángel Russo e jogadores do
time ainda no Mineirão. Segundo a PM, dois jogadores foram identificados na
confusão e teriam de prestar depoimento. A corporação informou que escoltaria a
delegação até o aeroporto, mas que irá manter os jogadores para
esclarecimentos.
O treinador argentino informou, na conversa com a PM, que toda a
delegação ficaria em Belo Horizonte, enquanto os detidos continuassem na
cidade.
Jogadores e membros da comissão técnica do clube
argentino, eliminado nos pênaltis pelo Galo, iniciaram a confusão contra
seguranças do clube mineiro e do estádio na parte que divide o caminho entre o
vestiário dos clubes. A bronca era, inicialmente, contra a arbitragem. Após
desentendimento com segurança, começou empurra-empurra e arremesso de objetos.
A delegação do Boca passou a arremessar
grades de proteção em direção aos seguranças do Atlético-MG e do Mineirão. O atacante
Sebastian Villa foi flagrado arremessando um bebedouro, como mostram imagens da
transmissão.
Em outra imagem, é possível ver os zagueiros Marcos
Rojo e Carlos Izquierdoz dando socos em um segurança que
também tentava apartar a briga no Mineirão. O Boca foi dispersado pela Polícia
Militar até o vestiário do clube argentino. A PM usou spray de pimenta contra
os argentinos. Alguns jogadores, afetados pelo gás, chegaram a subir para o
gramado, novamente.
Fonte: COM GLOBO ESPORTE