As aulas presenciais para estudantes do ensino fundamental da rede estadual de ensino em Manaus foram retomadas nesta quarta-feira (30). As atividades presenciais haviam sido suspensas por conta da pandemia da Covid-19 em março. A partir de agora, as aulas vão ocorrer no formato híbrido: presencial e online.
O Amazonas foi o primeiro estado do País a reabrir escolas da capital em meio à pandemia do novo coronavírus. Cerca de 60 mil estudantes da rede privada voltaram às escolas no dia 6 de julho, e cerca de 110 mil alunos do ensino médio da rede estadual retornaram no dia 10 de agosto. As atividades da rede municipal, na capital e no interior, seguem suspensas.
Conforme calendário do governo, o retorno das aulas do ensino fundamental estava previsto para o dia 24 de agosto, mas foi adiado. O governo justificou, na época, necessidade de realizar testagem em um número maior de professores, como medida de segurança.
O G1 acompanhou o retorno das aulas no CETI Eng. Prof. Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo, no bairro Cidade de Deus, Zona Leste de Manaus. O governador Wilson Lima afirmou que o retorno das aulas é para "diminuir desigualdades".
"Hoje, estamos aqui em uma escola de tempo integral fica na Zona Norte de Manaus. Nossos alunos tiveram já muitos prejuízos e nós estamos fazendo esse retorno de forma segura. Podem observar que, nessa escola, todos os protocolos estão sendo atendidos. Na entrada tem álcool em gel, há sinalização e distanciamento social", contou.
Lima explicou que o governo dividiu os alunos em dois grupos: A e B. Um grupo frequenta a escola às segundas e quartas-feiras, enquanto outros somente às terças e quintas. Quando os alunos estiveram em casa, eles acompanham aulas de forma virtual.
O governador ressaltou que em agosto as aulas presenciais do ensino médio retornaram, conforme ele, sem nenhuma "intercorrência".
Questionado sobre as testagens em professores, o governador afirma que "praticamente todos os professores já fizeram testes para a Covid-19".
Para ele, os pais que não se sentirem confortáveis em levar o filho para escola, não haverá problema, já que o aluno não será penalizado por conta disso.
Adaptação
O professor de história Neymar Costa, de 35 anos, trabalha no CETI há cinco anos. Ele contou que teve que se reinventar e adaptar.
"Esse período foi inesperado para todos os professores, e nós tivemos que nos adequar a essa nova realidade, principalmente, pelo meio remoto para que a gente pudesse continuar auxiliando e atendendo os alunos no aprendizado", disse.
O aluno do 7° ano Wilson Saint, de 12 anos, contou está contente com o retorno do ensino presencial. "A gente já pode tirar as dúvidas, mas mesmo assim, eu continuo assistindo em casa sempre".
Fonte: g1.com.br