O teste foi conduzido em etapas: primeiro, a equipe confirmou a hipertensão nos ratos, registrando a pressão arterial. Em seguida, iniciaram o tratamento com óleo rico em canabidiol. Foram feitos grupos de controle, com uma parte dos animais recebendo óleo sem extrato de CBD e outro grupo recebendo o óleo com o ativo. O tratamento foi realizado por 14 dias.
Os pesquisadores identificaram que o canabidiol reduziu significativamente a pressão arterial e também melhorou a função dos vasos sanguíneos, além de diminuir o estresse oxidativo nas artérias, apontado como um dos principais fatores associados ao desenvolvimento e à progressão da hipertensão.
O tratamento com óleo rico em CBD também melhorou a resposta ao barorreflexo, um mecanismo fisiológico importante para a regulação da pressão arterial, e reduziu a atividade do sistema nervoso simpático, que frequentemente está exacerbada em casos de hipertensão.
“A gente sabe que na hipertensão há um aumento das espécies oxidativas e também de processos inflamatórios que podem danificar vasos, o tecido endotelial do vaso, pode danificar neurônios que estão envolvidos com o controle da pressão arterial, e tudo isso levar então a hipertensão. Foi mais ou menos o que a gente observou, que o tratamento com CBD reduz pressão arterial e o que a gente analisou foi que também reduz as espécies reativas de oxigênio, ou seja, tem também um efeito antioxidante que pode estar contribuindo para a redução da pressão arterial”, explica Josiane Cruz.
Josiane Cruz também explica que há estudos prévios que mostram que o CBD tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. De acordo com a professora, os próximos passos da pesquisa são entender o efeito anti-inflamatório do CBD e quais mecanismos levam à redução da pressão arterial. Na sequência, farão estudos para analisar se o CBD reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias.
FONTE: G1 Paraíba
Fonte: G1