O recente declínio no preço do petróleo resultou em um aumento de 6% no preço da gasolina vendida no Brasil em comparação ao mercado internacional.
Esse cenário indica a possibilidade de uma redução nos preços das refinarias brasileiras, caso o preço do petróleo se estabilize no patamar atual.
Essa queda no preço do petróleo pode ser atribuída ao corte de preço anunciado pela Saudi Aramco, refletindo uma demanda global menor do que a esperada.
Quantidade de redução possível
Conforme analisado pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), deve ocorrer um corte de R$ 0,16 por litro no preço da gasolina no mercado interno.
Esta estimativa é similar à indicada pela Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
“Causada pela empresa saudita, a redução colocou os preços do petróleo vendido pelo país no nível mais baixo dos últimos dois anos, superando as expectativas do mercado. Além disso, a decisão reforçou a ideia de que um dos maiores produtores de petróleo atualmente vê uma demanda reduzida para os próximos meses”, comentou o CBIE em seu relatório diário.
Últimos reajustes de preços nas refinarias da Petrobras
O último reajuste nos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras ocorreu há aproximadamente 80 dias, quando a empresa estatal reduziu o preço do combustível em 4%, ou seja, menos R$ 0,12 por litro.
Por outro lado, houveram duas reduções no preço do diesel pela estatal em dezembro do ano passado, com a última delas ocorrida no dia 27 de dezembro, alinhando-se praticamente ao preço no mercado internacional.
Espera-se que a redução total do preço do diesel alcance R$ 0,57 por litro nas refinarias da Petrobras.
A média de defasagem do preço do diesel é de 2%, tanto na Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, como nas instalações da Petrobras.
Em comparação com a Petrobras, a refinaria da Bahia, controlada pela Acelen, braço do fundo árabe Mubadala no Brasil, atualiza os preços semanalmente e tem uma diferença menor nos preços da gasolina.
Preço da gasolina comparado com outras regiões
Enquanto na Bahia a gasolina tem um preço 2% maior do que em mercados externos, as refinarias da Petrobras registram preços até 10% superiores aos do produto importado, como ocorre no polo de Itacoatiara, no Amazonas.
De acordo com a Abicom, o mercado brasileiro está aberto à importação de gasolina em todos os estados.
No entanto, para a importação do diesel, já são 15 dias com a janela de importação fechada, como foi informado pela Abicom.
Com O Antagonista
Fonte: O antagonista